terça-feira, 6 de novembro de 2007

Alma Para a Música


Woodstock, festival musical realizado em 1969, é até hoje o ícone na história da música contemporânea. A proposta antiguerra, contra o consumismo e princípios capitalistas, que difundia a valorização da natureza, o amor livre, o respeito às etnias, às crenças, disseminadas pelo movimento hippie, reuniu mais de 400.000 pessoas no evento projetado para 100.000. Foram três dias de Rock, sem violência, embalados por lendas como Jannis Joplim, Bob Dylan, The Who, Jimmi Hendrix e por outras 'cositas mas'.


Num contexto não tão diferente, aconteceu em 1985, no Rio de Janeiro, a primeira edição do Rock in Rio num terreno lamacento chamado Cidade do Rock no bairro de Jacarepaguá.
Em pleno evento, chegava ao fim o regime militar no Brasil.
A presença de grandes astros da música internacional foi um dos principais motivos do grande sucesso. Fatos como Fred Mercury cantando Love of My Life ainda no Queen; a coragem da desafinada Paula Toller na formação antiga do Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens ao ignorar as vaias de 50.000 pessoas; o romântico James Taylor; Nina Hagen e Supla? (sem comentário); a telúrica Baby Consuelo dividindo o palco com o papa morcego Ozzy Osbourne; e o empolgado Ivan Lins que, perdeu a voz nos primeiros cinco minutos de apresentação, marcaram o evento assim como o seu próprio jungle: “todos numa direção, numa só voz, numa canção, todos num só coração, num céu de estrelas...”
Porém o Rock in Rio cresceu e saiu de casa. Suas duas últimas edições foram em Lisboa e a próxima, que está prevista para 2008, provavelmente será em Madrid. Rock in Rio, In Rio novamente? Voltemos a falar da Copa do Mundo.